terça-feira, 16 de junho de 2009

VELHO – IDOSO – ANTIGO. QUEM ÉS TU, AFINAL?

Com o passar dos anos, um par de sapatos, ainda que os prediletos ficam velhos e seu proprietário, idoso. A flexibilidade do uso da língua fez com que "velho" se tornasse o genérico para pessoas e objetos. Bem que isso, poderia ser o contrário! O sapato poderia ser idoso. Mas, vá lá, sapatos não celebram aniversário. Assim, para as pessoas mais simplistas, as que nunca passam do primeiro semestre de suas 'faculdades mentais' chamam qualquer coisa ou qualquer um de "velho".

No entanto, a beleza e a riqueza das palavras nos permite separar com critério todas as nuances que denotam as características dos elementos na linha do tempo. Pensei nisso nessa madrugada, quando acordei com uma súbita vontade de escrever. Escrever qualquer coisa, para qualquer pessoa ou pessoas. Assumo que minhas palavras andam meio desequilibradas, um tanto descompassadas em virtude da nova nomenclatura da língua portuguesa, e, também por ignorância de não dedicar mais tempo às leituras produtivas. Ainda bem que encontrei tempo para corrigir esse erro. Hoje é o dia!!!

Sim... Voltando ao assunto, perdão, ainda estou me acostumando com isso – comentar assuntos.
Pensei em várias pessoas que conheço e das que tenho ou tive vontade de conhecer. Alguns personagens estão separados por cinco, dez, vinte, trinta e poucos anos, uma geração, por assim dizer. A maioria das personagens que escolhi são muito bem informadas, cultas e preparadas, outros nem tanto, mas com uma vasta experiência de vida. Enfim, isso é o que os credencia a comentar tantos assuntos diversos. Mas há uma diferença entre eles que grita para mim, como ouvinte, telespectador e às vezes imaginário.

Jornalistas e repórteres são pessoas atualizadas com nosso tempo, mas alguns dos meus queridos mais próximos, não. O mundo parece ter parado para eles há 30 anos. Saudosistas natos, que ainda vivem sobre uma histérica visão que as coisas deviam ser como antes e não querem assumir que foram empurrados ao crescimento – se é que cresceram!


Hoje, ao falar sobre "computadores e modernidade", a primeira coisa que falam: explicam e ensinam com se soubéssemos de disso ou aquilo. Mas se isso ou aquilo estão aqui por que não usar, por que não explorar um pouco mais! Tudo bem, um exemplo sozinho não significa nada. Ocorre que isto é diário e... há anos.

Parou no tempo? Tornou-se obsoleto? Obsoleto, como um diquete, zipdrive. um Disc Laser. Você lembra disso?

Há uma outra palavra muito interessante que descreve tudo isso, rica em interpretações: ultrapassado. Veja a beleza: ultra...passado!

Outro dia ouvi de um comentarista: É isso!!! Foi ultrapassado pelo tempo que passou correndo por ele. É ultrapassado no sentido "ultra" também, porque representa (e conhece!) o passado. Gente, uma coisa posso afirmar, conheço pessoas na casa dos 10, 20, 30 até 60 ou mais, são totalmente sintonizados com o "zeitgeist"(1), jamais seriam vistos como ultrapassados e obsoletos. Nem mesmo idosos.

O que me parece é que não é a idade que mede nossa adequação ao presente, mas o ritmo de nossos passos em relação ao passar do tempo... (de novo, a beleza da língua... os passos e o passar.) Quem andar sincronizado, e, no passo que o tempo que passa, faz da vida um passeio delicioso às margens desse imenso rio que é o fluxo das noites e dias, extraindo e absorvendo o que há de bom desse fluxo.


Lembre-se, o que nos mantém atualizados é o presente, é o estar aqui e agora! Sendo assim, aqui e agora, desejo a você um jovem, atual e generalizado novo entendimento diário.

1. ZEITGEIST – é um termo alemão cuja tradução significa espírito de época ou espírito do tempo. Li um texto num blog que nem sei qual Fo, mas me inspirou a escrever sobre esse assunto.

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